Direitos e deveres dos donatários.
- Problemas com o sistema de capitanias.
- Falta de recursos dos donatários.
- Revolta dos povos indígenas.
- Isolamento das capitania.
- Dificuldades com a lavoura.
- GOVERNO - GERAL: A busca da centralização administrativa.

- Regimento do governo - geral

- Primeiro governo geral 1549 - 1553
- Segundo governo geral 1553 - 1558
- Terceiro governador geral 1558 - 1572
Confederação dos Tamoios
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A Confederação dos Tamoios é a
denominação dada à revolta liderada pela nação indígena Tupinambá, que ocupava o litoral do que
hoje é o norte paulista,
começando por Bertioga e
litoral fluminense,
até Cabo Frio, envolvendo também tribos
situadas ao longo do Vale do Paraíba,
na Capitania de
São Vicente, contra os colonizadores portugueses, entre 1556 a 1567,
embora tenha-se notícia de incidentes desde 1554.
Aproveitando dessa prática, João Ramalho, parceiro do governador da Capitania
de São Vicente, Brás Cubas, casou-se com uma filha da tribo dos guaianases. Através dessa parceria, eles comandaram um ataque à aldeia dos tupinambás, na
tentativa de aprisioná-los e usá-los como mão-de-obra escrava. Eles
capturaram o chefe da tribo, Caiçuru, e o mantiveram em um cativeiro no território
do governador Brás Cubas.
Preso em péssimas condições de sobrevivência, o
tupinambá Caiçuru acabou morrendo no cativeiro. Seu filho, Aimberê, assumiu o
comando da tribo e declarou guerra aos colonos portugueses e à tribo dos
guaianases. Para fortalecer o levante, ele se reuniu com os membros
tupinambás Pindobuçu, da Baía de Guanabara, Koakira, da aldeia de Ubatuba, e
Cunhambembe, de Angra dos Reis.
Cunhambembe assumiu a liderança da Confederação
dos Tamoios (que vem do tupi Tamuya, que quer dizer “o mais antigo”) e
conseguiu o apoio das tribos goitacases e aimorés. Neste momento, os
franceses estavam chegando no Rio de Janeiro, na intenção de colonizar
territórios brasileiros e extrair suas tão faladas riquezas.
Para patrocinar o conflito contra os portugueses,
o francês Villegaignon ajuda os tupinambás oferecendo armamentos a
Cunhambembe. Porém, uma epidemia dizimou alguns indígenas combatentes,
inclusive o líder Cunhambembe, enfraquecendo enormemente o levante.
Aimberê continuou a revolta contra os portugueses e fez o possível para que os guaianases lutassem a seu favor. Ele fez contato com o líder Tibiriçá, através do sobrinho Jagoanharó, e marcou um encontro para selar a Confederação. Quando os tamoios chegaram na aldeia, Tibiriçá se declarou fiel aos portugueses e matou seu sobrinho, suscitando em uma investida que dizimou grande parte da tribo dos guaianases.
Apesar de algumas tréguas, os portugueses se
fortaleceram e continuaram a invasão às aldeias para escravizar e aprisionar
os índios. Em 1567, a chegada de Estácio de Sá ao território do Rio de
Janeiro provocou a expulsão dos franceses e dos tamoios, encerrando o
conflito. Após este episódio, os portugueses chegaram a conclusão de que era
praticamente impossível escravizar indígenas e decidiram importar escravos de
navios negreiros africanos.
A confederação dos Tamoios é relatada, em parte,
nos escritos de Hans Staden,
que foi prisioneiro dos tamoios em Uwa-tibi, onde hoje é a cidade de Ubatuba, no estado de São Paulo.
Origem do nome
O nome dessa confederação vem do vocábulo de
origem Tupi Tamuya, que quer dizer
"o velho, o mais antigo"
Povos envolvidos
Além das nações indígenas dos Tupinambás, Guaianazes, Aimorés e Temiminós, estiveram envolvidos os
colonizadores portugueses e
os franceses. Estes últimos ocuparam a Baía de Guanabara,
a partir de 1555, para ali estabelecer a colônia
da França Antártica.
O tempo de duração foi de 1554 a 1567.
Início das disputas
O governador da capitania de São Vicente, Brás Cubas, pretendia promover a
colonização mediante a escravização de indígenas.
Entre as práticas indígenas, estava o cunhadismo,
pela qual um homem, ao se casar com uma mulher de uma determinada tribo,
passava a ser membro dessa mesma tribo.
Por essa prática, João Ramalho, companheiro de Brás Cubas, desposou Mbici, também conhecida como Bartira, filha do chefe dos guaianaes, o cacique Tibiriçá. A colaboração dos guaianases com os portugueses resultou numa forte aliança que possibilitou, entre outros eventos, a fundação da vila de São Paulo de Piratininga, em 1554, pelos jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta e pelo cacique Tibiriçá.
A rivalidade entre as diferentes nações
indígenas, associada à necessidade de força de trabalho escrava para o
empreendimento da colonização, fez com que portugueses e guaianases se
lançassem sobre os tupinambás, aprisionando a aldeia do chefe tupinambá
Caiçuru, sendo que todos os tupinambás aprisionados foram levados às terras
de Brás Cubas.
Com a morte de Caiçuru no cativeiro, seu filho, Aimberê, insuflou uma revolta e fuga do cativeiro, indo para as terras da capitania do Rio de Janeiro e constituindo o conhecido entrincheiramento de Uruçumirim, que ficou conhecido como confederação dos Tamoios (ou dos Naturais), passando a ser o chefe dessa retaliação contra os portugueses, junto com Cunhambebe.
A confederação
Aimberê reuniu-se, onde hoje é Mangaratiba, no litoral oeste fluminense, com os demais chefes
tupinambás: Pindobuçu e Koaquira, de Uyba-tyba,
Cunhambebe, de Ariró, Guayxará,
de Taquarassu-tyba.
Sob a liderança de Cunhambebe e com o apoio de outras nações indígenas, como
os goitacases, os Tupinambás organizaram uma
aliança contra os guaianases e portugueses.
Os franceses forneceram aos tupinambás armas para o confronto, visto que tinham interesse em ocupar a baía de Guanabara. Com a morte de Cunhambebe, durante uma epidemia, Aimberê passou a ser o líder da confederação.
A estratégia de Aimberê consistiu em ampliar
ainda mais a confederação, de modo a incluir o apoio dos guaianases. Para
isso, pediu a Jagoanharó, chefe dos guaianases e sobrinho de Tibiriçá, que o
convencesse a deixar os portugueses e a se juntar à confederação.
Embates e vitórias dos Tamoios
Tibiriçá deu a aparência de concordar com o
sobrinho e propôs que a confederação o encontrasse, a fim de desfecharem um
ataque final contra os portugueses. Entretanto, Tibiriçá permanecia fiel aos
portugueses e, quando os Tamoios chegaram, matou seu sobrinho Jagoanharó. Os
Tamoios, contudo, previam a traição do cacique Tibiriçá e avançaram sobre os
guaianases e sobre os portugueses, infligindo-lhes pesada derrota, que
resultou também na morte de Tibiriçá. A trégua obtida pelos jesuítas
Com a interferência dos jesuítas Nóbrega e Anchieta, no episódio conhecido
como Paz de Iperoig,
foi selada uma trégua, em que os portugueses foram obrigados a libertar todos
os indígenas escravizados. Fim da confederação.
O fim da trégua conquistada em Iperoig
(atual Ubatuba) se deu com o fortalecimento da
colonização portuguesa, com os portugueses se lançando sobre as aldeias
indígenas, matando e escravizando a população. Os tupinambás foram se
retirando em direção à baía de Guanabara.
Contudo, em 1567, com a chegada de reforços para
o capitão-mor Estácio de Sá,
que fundara, dois anos antes, a vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, iniciou-se a etapa final de expulsão
dos franceses e de seus aliados Tamoios da Guanabara, tendo lugar a dizimação
final dos Tupinambás e a morte de Aimberê quando da Guerra de Cabo Frio .
Conseqüências
Mesmo com a derrota final dos Tamoios, o
empreendimento colonizador português compreendeu que seria difícil usar como
força de trabalho os indígenas, dadas as rivalidades entre as tribos e a
permanente desvantagem numérica. A possibilidade de rebeliões e de dizimação
dos assentamentos coloniais era muito alta.
Ampliou-se, então, a prática da escravidão africana, com a prática comercial do escambo, utilizando a troca de pessoas por mercadorias, segundo o modelo econômico do mercantilismo.
Os nomes Tamoios e Tupinambá na contemporaneidade
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://www.bepeli.com.br/educacional/historia_do_brasil/confederacao_dos_tamoios/tamoios.html
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Exercícios sobre o Governo - Geral
1ª)(UFMG) Leia o texto.
“A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma:
ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que
se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha
nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei,
nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)."
(GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa
Cruz, 1578.)
A partir do texto, pode-se afirmar que todas as
alternativas expressam a relação dos portugueses com a cultura indígena,
exceto:
a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma
preocupação do colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no
idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era
atribuída à inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação
vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram
homogêneos.
2ª)(UEL-PR) A centralização político-administrativa do Brasil
colônia foi concretizada com a
a) criação do Estado do Brasil.
b) instituição do governo-geral.
c) transferência da capital para o Rio de Janeiro.
d) instalação do sistema das capitanias hereditárias.
e) política de descaso do governo português pela atuação predatória dos
bandeirantes.
3ª)(Fuvest-SP) "Eu el-rei D. João III, faço saber a vós, Tomé
de Sousa, fidalgo da minha casa que ordenei mandar fazer nas terras do Brasil
uma fortaleza e povoação grande na Baía de Todos-os-Santos. (...) Tenho por bem
enviar-vos por governador das ditas terras do Brasil."
"Regimento de Tomé de Sousa", 1549
As determinações do Rei de Portugal estavam relacionadas
a) à necessidade de colonizar e povoar o Brasil para compensar a perda
das demais colônias agrícolas portuguesas do Oriente e da África.
b) aos planos de defesa militar do império português para garantir as
rotas comerciais para a Índia, Indonésia, Timor, Japão e China.
c) a um projeto que abrangia conjuntamente a exploração agrícola, a
colonização e a defesa do território.
d) aos projetos administrativos da nobreza palaciana visando à criação
de fortes e feitorias para atrair missionários e militares ao Brasil.
e) ao plano de inserir o Brasil no processo de colonização escravista
semelhante ao desenvolvido na África e no Oriente.
4ª) (UEL-PR) A instalação do governo-geral em 1549 contribuiu para que a
colonização do Brasil passasse de transitória para efetiva.Havia um forte
motivo que alimentava as esperanças dos portugueses: os espanhóis nas terras
vizinhas encontraram o que buscavam. Ao tomar medidas procurando assegurar a
posse sobre o vasto território, a Coroa Portuguesa estava motivada
pelas notícias sobre:
a) o modelo de colonização, dependente da iniciativa privada que se
revelava pouco eficaz nos Açores e na Madeira.
b) as feitorias que vinham dando prova de eficiência com fortificações
sólidas para a defesa da terra.
c) as semelhanças das culturas pré-cabralinas do Brasil e
pré-colombianas da América Central.
d) os negócios da Índia em crescente lucratividade, sem riscos de
prejuízos e decepções.
e) a descoberta de metais preciosos nas terras altas sul
americanas voltadas para o Pacífico.
5ª)(UERJ) O Estado Português reproduziu no Brasil duas feições
metropolitanas, possibilitando uma permanente tensão entre as forças sociais
dos poderes locais e as forças de centralização do absolutismo.
As instituições que exerciam a administração local e central no Brasil -
colônia eram, respectivamente:
a) vice-reinado e capitanias hereditárias.
b) câmara municipal e governo-geral.
c) capitania geral e província.
d) cabildo e capitania real.
6ª) Entre as realizações de Mem de Sá, o terceiro governador geral
do Brasil, NÃO se destaca:
a) a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro;
b) a construção da primeira capital do Brasil, Salvador;
c) o apaziguamento da Confederação dos Tamoios, através dos jesuítas;
d) o incentivo à agricultura e à pecuária;
e) a permanência no Brasil além do que havia sido determinado, devido ao
bom desempenho.
7ª)(UFAL) A implantação em 1548, no Brasil, do sistema de
Governo-Geral tinha objetivo:
a) legislar e executar as decisões das Câmaras Municipais;
b) iniciar o processo de colonização da costa brasileira;
c) promover e desenvolver atividades no mercado de consumo;
d) expandir a ocupação do interior do território nacional;
e) coordenar e centralizar a administração das Capitanias.
b) iniciar o processo de colonização da costa brasileira;
c) promover e desenvolver atividades no mercado de consumo;
d) expandir a ocupação do interior do território nacional;
e) coordenar e centralizar a administração das Capitanias.
8ª)(FATEC) A única forma de ocupação do Brasil por Portugal era
através da colonização. Era necessário colonizar simultaneamente todo o
extenso litoral. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu
através da:
a) criação do sistema de governo geral;
b) criação e distribuição de sesmarias;
c) criação das capitanias hereditárias;
d) doação de terras a colonos;
e) sistema de parceria.
c) criação das capitanias hereditárias;
d) doação de terras a colonos;
e) sistema de parceria.
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