quinta-feira, 10 de agosto de 2017

Administração portuguesa e Igreja Católica

Capitanias Hereditárias: Início da administração colonial

Direitos e deveres dos donatários.


  • Problemas com o sistema de capitanias.

- Falta de recursos dos donatários.
- Revolta dos povos indígenas.
- Isolamento das capitania.
- Dificuldades com a lavoura.

  • GOVERNO - GERAL:  A busca da centralização administrativa.
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  • Regimento do governo - geral
Como funcionava a administração no Governo Geral.

  • Primeiro governo geral 1549 - 1553
  • Segundo governo geral 1553 - 1558
  • Terceiro governador geral 1558 - 1572
Confederação dos Tamoios



        A Confederação dos Tamoios é a denominação dada à revolta liderada pela nação indígena Tupinambá, que ocupava o litoral do que hoje é o norte paulista, começando por Bertioga e litoral fluminense, até Cabo Frio, envolvendo também tribos situadas ao longo do Vale do Paraíba, na Capitania de São Vicente, contra os colonizadores portugueses, entre 1556 a 1567, embora tenha-se notícia de incidentes desde 1554. Aproveitando dessa prática, João Ramalho, parceiro do governador da Capitania de São Vicente, Brás Cubas, casou-se com uma filha da tribo dos guaianases.           Através dessa parceria, eles comandaram um ataque à aldeia dos tupinambás, na tentativa de aprisioná-los e usá-los como mão-de-obra escrava. Eles capturaram o chefe da tribo, Caiçuru, e o mantiveram em um cativeiro no território do governador Brás Cubas.
      Preso em péssimas condições de sobrevivência, o tupinambá Caiçuru acabou morrendo no cativeiro. Seu filho, Aimberê, assumiu o comando da tribo e declarou guerra aos colonos portugueses e à tribo dos guaianases. Para fortalecer o levante, ele se reuniu com os membros tupinambás Pindobuçu, da Baía de Guanabara, Koakira, da aldeia de Ubatuba, e Cunhambembe, de Angra dos Reis.
        Cunhambembe assumiu a liderança da Confederação dos Tamoios (que vem do tupi Tamuya, que quer dizer “o mais antigo”) e conseguiu o apoio das tribos goitacases e aimorés. Neste momento, os franceses estavam chegando no Rio de Janeiro, na intenção de colonizar territórios brasileiros e extrair suas tão faladas riquezas.
Para patrocinar o conflito contra os portugueses, o francês Villegaignon ajuda os tupinambás oferecendo armamentos a Cunhambembe. Porém, uma epidemia dizimou alguns indígenas combatentes, inclusive o líder Cunhambembe, enfraquecendo enormemente o levante.
       Aimberê continuou a revolta contra os portugueses e fez o possível para que os guaianases lutassem a seu favor. Ele fez contato com o líder Tibiriçá, através do sobrinho Jagoanharó, e marcou um encontro para selar a Confederação. Quando os tamoios chegaram na aldeia, Tibiriçá se declarou fiel aos portugueses e matou seu sobrinho, suscitando em uma investida que dizimou grande parte da tribo dos guaianases.
       Apesar de algumas tréguas, os portugueses se fortaleceram e continuaram a invasão às aldeias para escravizar e aprisionar os índios. Em 1567, a chegada de Estácio de Sá ao território do Rio de Janeiro provocou a expulsão dos franceses e dos tamoios, encerrando o conflito. Após este episódio, os portugueses chegaram a conclusão de que era praticamente impossível escravizar indígenas e decidiram importar escravos de navios negreiros africanos.
A confederação dos Tamoios é relatada, em parte, nos escritos de Hans Staden, que foi prisioneiro dos tamoios em Uwa-tibi, onde hoje é a cidade de Ubatuba, no estado de São Paulo.

Origem do nome

O nome dessa confederação vem do vocábulo de origem Tupi Tamuya, que quer dizer "o velhoo mais antigo"

Povos envolvidos

Além das nações indígenas dos Tupinambás, GuaianazesAimorés e Temiminós, estiveram envolvidos os colonizadores portugueses e os franceses. Estes últimos ocuparam a Baía de Guanabara, a partir de 1555, para ali estabelecer a colônia da França Antártica. O tempo de duração foi de 1554 1567.

Início das disputas

        O governador da capitania de São Vicente, Brás Cubas, pretendia promover a colonização mediante a escravização de indígenas.
        Entre as práticas indígenas, estava o cunhadismo, pela qual um homem, ao se casar com uma mulher de uma determinada tribo, passava a ser membro dessa mesma tribo.
        Por essa prática, João Ramalho, companheiro de Brás Cubas, desposou Mbici, também conhecida como Bartira, filha do chefe dos guaianaes, o cacique Tibiriçá.
         A colaboração dos guaianases com os portugueses resultou numa forte aliança que possibilitou, entre outros eventos, a fundação da vila de São Paulo de Piratininga, em 1554, pelos jesuítas Manuel da Nóbrega e José de Anchieta e pelo cacique Tibiriçá.

        A rivalidade entre as diferentes nações indígenas, associada à necessidade de força de trabalho escrava para o empreendimento da colonização, fez com que portugueses e guaianases se lançassem sobre os tupinambás, aprisionando a aldeia do chefe tupinambá Caiçuru, sendo que todos os tupinambás aprisionados foram levados às terras de Brás Cubas.
         Com a morte de Caiçuru no cativeiro, seu filho, Aimberê, insuflou uma revolta e fuga do cativeiro, indo para as terras da capitania do Rio de Janeiro e constituindo o conhecido  entrincheiramento de Uruçumirim, que ficou conhecido como confederação dos Tamoios (ou dos Naturais), passando a ser o chefe dessa retaliação contra os portugueses, junto com Cunhambebe.

A confederação

        Aimberê reuniu-se, onde hoje é Mangaratiba, no litoral oeste fluminense, com os demais chefes tupinambás: Pindobuçu e Koaquira, de Uyba-tyba, Cunhambebe, de Ariró, Guayxará, de Taquarassu-tyba. Sob a liderança de Cunhambebe e com o apoio de outras nações indígenas, como os goitacases, os Tupinambás organizaram uma aliança contra os guaianases e portugueses.
Os franceses forneceram aos tupinambás armas para o confronto, visto que tinham interesse em ocupar a baía de Guanabara. Com a morte de Cunhambebe, durante uma epidemia, Aimberê passou a ser o líder da confederação.
A estratégia de Aimberê consistiu em ampliar ainda mais a confederação, de modo a incluir o apoio dos guaianases. Para isso, pediu a Jagoanharó, chefe dos guaianases e sobrinho de Tibiriçá, que o convencesse a deixar os portugueses e a se juntar à confederação.
Embates e vitórias dos Tamoios
Tibiriçá deu a aparência de concordar com o sobrinho e propôs que a confederação o encontrasse, a fim de desfecharem um ataque final contra os portugueses. Entretanto, Tibiriçá permanecia fiel aos portugueses e, quando os Tamoios chegaram, matou seu sobrinho Jagoanharó. Os Tamoios, contudo, previam a traição do cacique Tibiriçá e avançaram sobre os guaianases e sobre os portugueses, infligindo-lhes pesada derrota, que resultou também na morte de Tibiriçá. A trégua obtida pelos jesuítas
Com a interferência dos jesuítas Nóbrega e Anchieta, no episódio conhecido como Paz de Iperoig, foi selada uma trégua, em que os portugueses foram obrigados a libertar todos os indígenas escravizados. Fim da confederação.
O fim da trégua conquistada em Iperoig (atual Ubatuba) se deu com o fortalecimento da colonização portuguesa, com os portugueses se lançando sobre as aldeias indígenas, matando e escravizando a população. Os tupinambás foram se retirando em direção à baía de Guanabara.
       Contudo, em 1567, com a chegada de reforços para o capitão-mor Estácio de , que fundara, dois anos antes, a vila de São Sebastião do Rio de Janeiro, iniciou-se a etapa final de expulsão dos franceses e de seus aliados Tamoios da Guanabara, tendo lugar a dizimação final dos Tupinambás e a morte de Aimberê quando da Guerra de Cabo Frio .

Conseqüências

          Mesmo com a derrota final dos Tamoios, o empreendimento colonizador português compreendeu que seria difícil usar como força de trabalho os indígenas, dadas as rivalidades entre as tribos e a permanente desvantagem numérica. A possibilidade de rebeliões e de dizimação dos assentamentos coloniais era muito alta.
        Ampliou-se, então, a prática da escravidão africana, com a prática comercial do
escambo, utilizando a troca de pessoas por mercadorias, segundo o modelo econômico do mercantilismo.

Os nomes Tamoios e Tupinambá na contemporaneidade
  1. O sobrenome Tupinambá é encontrado em famílias do leste paulista e do sul fluminense até os dias de hoje.
  1. rodovia dos Tamoios, no litoral norte de São Paulo, possui esse nome em homenagem aos habitantes da região na época da chegada dos portugueses.
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
http://www.bepeli.com.br/educacional/historia_do_brasil/confederacao_dos_tamoios/tamoios.html


Exercícios sobre o Governo - Geral

1ª)(UFMG) Leia o texto.
“A língua de que [os índios] usam, toda pela costa, é uma: ainda que em certos vocábulos difere em algumas partes; mas não de maneira que se deixem de entender. (...) Carece de três letras, convém a saber, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei, e desta maneira vivem desordenadamente (...)."
(GANDAVO, Pero de Magalhães, História da Província de Santa Cruz, 1578.)

A partir do texto, pode-se afirmar que todas as alternativas expressam a relação dos portugueses com a cultura indígena, exceto:

a) A busca de compreensão da cultura indígena era uma preocupação do colonizador.
b) A desorganização social dos indígenas se refletia no idioma.
c) A diferença cultural entre nativos e colonos era atribuída à inferioridade do indígena.
d) A língua dos nativos era caracterizada pela limitação vocabular.
e) Os signos e símbolos dos nativos da costa marítima eram homogêneos.

)(UEL-PR) A centralização político-administrativa do Brasil colônia foi concretizada com a

a) criação do Estado do Brasil.
b) instituição do governo-geral.
c) transferência da capital para o Rio de Janeiro.
d) instalação do sistema das capitanias hereditárias.
e) política de descaso do governo português pela atuação predatória dos bandeirantes.

3ª)(Fuvest-SP) "Eu el-rei D. João III, faço saber a vós, Tomé de Sousa, fidalgo da minha casa que ordenei mandar fazer nas terras do Brasil uma fortaleza e povoação grande na Baía de Todos-os-Santos. (...) Tenho por bem enviar-vos por governador das ditas terras do Brasil."
"Regimento de Tomé de Sousa", 1549
As determinações do Rei de Portugal estavam relacionadas

a) à necessidade de colonizar e povoar o Brasil para compensar a perda das demais colônias agrícolas portuguesas do Oriente e da África.
b) aos planos de defesa militar do império português para garantir as rotas comerciais para a Índia, Indonésia, Timor, Japão e China.
c) a um projeto que abrangia conjuntamente a exploração agrícola, a colonização e a defesa do território.
d) aos projetos administrativos da nobreza palaciana visando à criação de fortes e feitorias para atrair missionários e militares ao Brasil.
e) ao plano de inserir o Brasil no processo de colonização escravista semelhante ao desenvolvido na África e no Oriente.

4ª) (UEL-PR) A instalação do governo-geral em 1549 contribuiu para que a colonização do Brasil passasse de transitória para efetiva.Havia um forte motivo que alimentava as esperanças dos portugueses: os espanhóis nas terras vizinhas encontraram o que buscavam. Ao tomar medidas procurando assegurar a posse sobre o vasto território, a Coroa Portuguesa estava motivada pelas notícias sobre:

a) o modelo de colonização, dependente da iniciativa privada que se revelava pouco eficaz nos Açores e na Madeira.
b) as feitorias que vinham dando prova de eficiência com fortificações sólidas para a defesa da terra.
c) as semelhanças das culturas pré-cabralinas do Brasil e pré-colombianas da América Central.
d) os negócios da Índia em crescente lucratividade, sem riscos de prejuízos e decepções.
e) a descoberta de metais preciosos nas terras altas sul americanas voltadas para o Pacífico.

5ª)(UERJ) O Estado Português reproduziu no Brasil duas feições metropolitanas, possibilitando uma permanente tensão entre as forças sociais dos poderes locais e as forças de centralização do absolutismo.

As instituições que exerciam a administração local e central no Brasil - colônia eram, respectivamente:

a) vice-reinado e capitanias hereditárias.
b) câmara municipal e governo-geral.
c) capitania geral e província.
d) cabildo e capitania real.

6ª) Entre as realizações de Mem de Sá, o terceiro governador geral do Brasil, NÃO se destaca:

a) a expulsão dos franceses do Rio de Janeiro;
b) a construção da primeira capital do Brasil, Salvador;
c) o apaziguamento da Confederação dos Tamoios, através dos jesuítas;
d) o incentivo à agricultura e à pecuária;
e) a permanência no Brasil além do que havia sido determinado, devido ao bom desempenho.

7ª)(UFAL) A implantação em 1548, no Brasil, do sistema de Governo-Geral tinha objetivo:

a) legislar e executar as decisões das Câmaras Municipais;
b) iniciar o processo de colonização da costa brasileira;
c) promover e desenvolver atividades no mercado de consumo;
d) expandir a ocupação do interior do território nacional;
e) coordenar e centralizar a administração das Capitanias.

8ª)(FATEC) A única forma de ocupação do Brasil por Portugal era através da colonização. Era necessário colonizar simultaneamente todo o extenso litoral. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da:


a) criação do sistema de governo geral;

b) criação e distribuição de sesmarias;
c) criação das capitanias hereditárias;
d) doação de terras a colonos;
e) sistema de parceria.

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